Valores Trabalhistas (a partir de 01/08/2023) ─ Custas: 2% sobre a condenação | Depósito Recursal em Recurso Ordinário: R$ 12.665,14 • Recurso de Revista: 25.330,28 • Embargos: R$ 25.330,28 • Recurso em Ação Rescisória: R$ 25.330,28 • Agravo de Instrumento: metade do valor do depósito do recurso que pretende destrancar (art. 899, §7º da CLT)
Carreira

Reclamante ou reclamada? O que escolher?

Reclamante ou reclamada: o que escolher? Vamos conversar sobre isso!

Ao atuar na área Trabalhista você terá que fazer uma opção: advogar para o reclamante (trabalhador) ou para a reclamada (empresa). O que será que é melhor escolher?
 
Para responder essa dúvida, resolvi fazer uma listinha de prós e contras, aí você decide!
 
RECLAMANTE
 
Prós:
Possibilidade de ganhos imediatos com acordos;
Os próprios clientes te indicarão para os colegas;
O trabalho é um pouco mais simples (normalmente o reclamante alega e a reclamada faz o impossível para se defender).
 
Contras:
Valores incertos no final do mês e às vezes pequenos;
Normalmente os reclamantes não entendem muito o processo, então ligam sempre para saber o andamento, tirar dúvidas, mas mesmo assim continuam confusos e desconfiados.
Sejamos sinceros: muitas vezes advogados de reclamante tem que “pegar na mão” mesmo (ligar, saber se está vindo para a reunião ou audiência, garantir que não chegue atrasado, que leve testemunhas, que entregue todos os documentos, etc. Normalmente eles não entendem a importância de fazer cada coisa no momento oportuno e acham que dá para fazer depois, sendo que na maioria das vezes não dá).
 
RECLAMADA
 
 
Prós:
Normalmente os ganhos são fixos e em valores maiores;
Para a reclamada, em regra basta um relatório no fim do mês e alguns esclarecimentos pontuais sobre os processos mais importantes;
Já entendem a dinâmica processual e chegam no horário marcado, entregam o que tem que entregar e contribuem para o andamento do processo.
 
Contras:
Normalmente não se ganha participação no resultado do processo;
Não há muita indicação entre empresas;

O processo de defesa é bem complexo, muitas vezes exigindo resgatar documentos difíceis, levar testemunhas de um período muito remoto e fazer provas complicadas, além do fato da maioria dos juízes pender para o lado do reclamante, demonstrando parcialidade (sim, isso acontece e muito).

Bom, eu já fiz os dois lados e confesso que, mesmo com todas as dificuldades, prefiro defender as reclamadas.

E quando falamos sobre advogar para reclamante e reclamadas, estamos falando de saber Prática Trabalhista, saber trabalhar de verdade.

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Crédito de imagem: Freepik
Formada em 2003 e pós-graduada logo em seguida. Já atuou em alguns dos escritórios trabalhistas mais admirados do Brasil. Em 2015 criou o portal Manual do Advogado e o site Mentoria Jurídica.

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6 Comentários

  1. Santos says:

    Eu sempre defendi a reclamada e quando dava no mesmo dia o reclamante. Ja participei de audiência que eu era o advogado da Reclamada e Reclamante, porém, com imparcialidade. Eu defendia os dois ao mesmo tempo. Até que o Juiz percebeu e mandou eu tirar a peruca e dissE: Ve é o Dr. João e a Dra. Maria ao mesmo tempo. Sai logo da minha sala senão eu mando te prender. .. Depois disse passei a vender pastel em frente ao fórum trabalhista. Dá mais dinheiro e recebo no ato.

    • Oi, tudo bem?
      Você pode defender quem quiser, desde que não haja conflito de interesses.
      O juiz não tem nada a ver com isso.
      Quanto a vender pastel, é uma escolha válida… Desejo sucesso!
      Boa sorte 😉

    • Carlos says:

      Santos, ri muito.
      Valeu!
      Sobre a matéria, nunca gostei de trabalhista e evito ao máximo atuar nessa área em que a quase unanimidade dos juízes protegem exageradamente os empregados. Mas sempre achei que os advogados dos obreiros ganhavam bem menos do que o das empregadoras. Hoje vejo meu engano. Advogar para o reclamante dá muito mais dinheiro, desde que você consiga convencer o cliente a esperar.
      Somente agora que me dei conta de um fato: nunca conheci um advogado que ficasse rico advogando somente na área trabalhista e para as empresas; mas já conheci vários que estão ricos somente advogando para reclamantes.
      Isso porque a execução trabalhista é cruel com as empresas, ao passo que enche a conta do advogado do reclamante quando do recebimento; ainda mais agora que até sucumbência existe.

      • Carlos, é possível ficar rico advogando para reclamada sim.
        Conheço vários advogados nessa condição 😉

        • Fernanda says:

          A questão é a defesa da justiça, pender para o empregado que foi lesado em seus direitos e é hipossuficiente é uma coisa, defender uma empresa que não quer pagar nem a rescisão contratual legal, é outra, se o empregado tem que entrar na justiça para defender direitos básicos, vai muito da integridade do advogado e de que lado da justiça ele está. Eu prefiro dormir e ter minha consciência em paz.

          • Oi, Fernanda!
            Na prática não é tão simples. Não existe um lado certo e outro errado… Muuuita coisa deve ser considerada em cada relação contratual, até porque também tem reclamantes que não são comprometidos com a verdade (já vi isso acontecer váaaarias vezes).
            O trabalho do advogado é aplicar o direito da melhor forma possível e é o que eu tento fazer, seja defendendo o Reclamante ou a Reclamada.
            Mas se você se sente bem assim, continue 😉

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